Gosto muito do mar, mergulhar em suas profundezas como quem dá um salto nos abismos do seu próprio ser. Ir além das ondas, além do horizonte, onde existe um lugar para a gente chegar mais perto da felicidade, enfrentando nossas dívidas pretéritas e as vicissitudes ainda não experimentadas. Tudo o que se vê está nos limites de nossa condição física.
O que não se vê está nos campos infinitos da vida no mais além. Além do horizonte, existe vida em abundância, como existe depois de todos os horizontes das existências humanas.
O mar oferece muito mais do que o fascínio do dia que nasce, do que um belo pôr do sol, do que o nado sincronizado das ondas, ou da magia do marulho (é marulho mesmo) que se transforma em sinfonia nas notas desta orquestra regida pelos ventos, do alto até a beira-mar.
Diante da imensidão do mar, os pensamentos vêm como ondas, em profusão, às vezes serenos, às vezes explosão. No remanso das horas, o tempo passa no ritmo da maré, trazendo em cada movimento o sopro da vida que renasce e se transforma.
À espera dos primeiros raios de sol, quando a noite retira seu lençol, fiquei pensando em quantas mães e companheiras continuam esperando seus amados voltarem da viagem que os levou para outras missões, em outras dimensões. Um barco que volta vazio é como o cavalo de batalha que, no seu testemunho silencioso, vem dizer que o guerreiro ficou nos campos de combate. O mar é magia, poesia, mas é também embate.
Destino de todos os rios, arena de todos os desafios, santuário de vida e de morte, brisa mansa ou vento forte.
“Há um barco esquecido na praia, já não leva ninguém a pescar, é o barco de André e de Pedro, que partiram para não mais voltar”. (Padre Zezinho).
Nos oceanos da vida cruzaremos muitos mares, iremos a muitos lugares. Mesmo quando o corpo perece, o espírito continua sua viagem. Enfrentaremos temporais, ancoraremos em muitos cais, até chegarmos ao destino final. Remando, lançando redes, ora pescadores de peixes, ora de almas, seremos eternos navegantes, aprendendo com o balanço e as lições do mar.
Agora e depois.
Novos desafios para velhos problemas
O futuro prefeito de Santa Maria vai herdar desafios que até hoje não foram resolvidos ou não tiveram soluções adequadas. Um deles é o da coleta de lixo.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, criado pela lei federal 12.105/2010, que criou o Plano Municipal de gestão integrada, englobando a coleta de resíduos domiciliares, resíduos da construção civil, política reversa (lâmpadas, medicamentos, baterias, embalagens de produtos químicos), coleta de inservíveis (sofás, fogões, geladeiras, tvs, eletroeletrônicos, etc), ainda não vigora em sua plenitude.
A coleta seletiva precisa ser ampliada. O convênio firmado com a Associação dos Selecionadores de Material Reciclável, ASMAR, é um bom começo, mas ainda insuficiente, diante das necessidades. A coleta tradicional não tem horário fixo.
Com isso, e com a falta de sintonia com quem faz a seleção do lixo reciclável, todos os resíduos acabam sendo misturados e revirados por catadores de latinhas ou cães que buscam alimentos. Os ecopontos, em pleno funcionamento em muitos municípios, em Santa Maria ainda estão só na foto. Pelos altos valores pagos, o retorno ainda é muito insatisfatório.
Nosso Lar
Está aberta a venda de ingressos para o filme “Nosso Lar 2 – Os Mensageiros” –, com lançamento nacional marcado para o dia 25 de janeiro. O longa, baseado no best-seller de Chico Xavier, lançado pela Federação Espírita Brasileira, traz um relato de amor, perdão e fé.
A obra acompanha o médico André Luiz (Renato Prieto), que se junta a um grupo de espíritos mensageiros da cidade espiritual Nosso Lar, liderados por Aniceto (Edson Celulari), na missão de ajudar a salvar projetos de vidas que estão prestes a fracassar.
Tempo de (re) integração
Numa iniciativa histórica da Câmara de Vereadores, com a participação da Prefeitura Municipal, Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism), Universidade Federal de Santa Maria, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação dos Veículos de Comunicação e apoio de entidades e parlamentos nacionais e internacionais, Santa Maria foi sede, de 9 a 12 de maio de 1991, do 1° Encontro Latino-Americano de Vereadores, Ediles e Concejales, reunindo 1438 participantes do Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile.
Para comemorar os 33 anos deste grande projeto, está sendo organizado um encontro para o mesmo período, outra vez em Santa Maria. O reconhecimento de Santa Maria como pioneira da criação da ideia do Sistema Municipalista no processo de implantação do Mercosul, a inclusão de municípios com menos de 500 mil habitantes na Rede Mercocidades e nas reuniões dos Parlamentos do Mercosul, a inclusão da UFSM no Grupo Montevideu, a participação de Santa Maria no II Congresso Mundial sobre Envelhecimento em Madri, Espanha, os primeiros negócios de empresas locais e da região no mercado de exportações latino americanas, a integração turística, política e cultural, gerando inclusive a criação de cursos de nível superior, a luta pela construção da ponte internacional ligando São Borja (Brasil) a Santo Tomé (Argentina), com 1.400 metros de extensão sobre o Rio Uruguai, são alguns dos muitos motivos para comemorar e estabelecer novos projetos para o futuro vencendo diferenças passadas e atuais, em todos os campos, e buscando sempre o progresso e a paz, pela (re) integração.
Águas de março
As águas de março, mais do que fecharem o verão e trazerem promessa de vida para o coração, como diz a consagrada poesia de Tom Jobim, podem trazer muitas surpresas para o cenário eleitoral de Santa Maria. Ex, atuais e pretendentes futuros à Câmara de Vereadores e ao “Paço Municipal” prometem uma disputa acirrada.
A vida continua, nesta e em outras dimensões!